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terça-feira, 16 de setembro de 2014

José Antônio Heluy é o primeiro suplente do PT


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Vários petistas acompanharam José Antônio Heluy no registro da candidatura no TRE-MA.
Vários petistas acompanharam José Antônio Heluy no registro da candidatura no TRE-MA.
Defenestrado da candidatura de vice-governador na chapa de Lobão Filho por uma decisão que até hoje é incompreensível para as bases do PT, o ex-secretário de Estado de Trabalho e Economia Solidária, José Antônio Heluy, obteve uma grande vitória, ontem, 15, ao ser confirmado como o nome do PT para substituir o presidente do partido, Raimundo Monteiro, na primeira suplência de senador na chapa encabeçada pelo deputado federal Gastão Vieira (PMDB).
Monteiro teve sua candidatura impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que acabou por abrir uma discussão no âmbito do PT e dos partidos que compõem a coligação “Pra Frente, Maranhão” sobre quem seria o substituto do presidente do PT.
Com o apoio de vários agrupamentos e lideranças petistas, Heluy conseguiu viabilizar seu nome e acabou sendo o beneficiado no que pode ser considerada uma surpreendente reviravolta no PT, uma vez que o mesmo Rui Falcão, presidente nacional do partido, que trabalhou para catapultar o ex-secretário do posto de vice, foi o mesmo Rui Falcão quem ofereceu as bases políticas e partidárias para que Heluy voltasse à cena política depois de baixar um documento dando poderes para que os partidos da coligação indicassem o novo primeiro suplente desde que fosse alguém do PT.
Esta vitória de José Antônio Heluy, porém, está longe de ser algo que possa ser comemorado plenamente no PT.
Primeiro porque a saída do presidente Monteiro, da forma como se deu, foi algo lamentável para todos os petistas maranhenses, ainda que muitos dos seus companheiros houvessem aconselhado a não entrar na disputa eleitoral deste ano.
Depois, essa substituição acabou por produzir fissuras no PT que não é possível medir exatamente quais serão as consequências a curto prazo, durante e após as eleições.
Contudo, o PT não podia e nem tinha tempo para lamentar a vida toda a saída do Monteiro e precisava agir, sob pena de comprometer toda a chapa para o Senado Federal.
Outra coisa: além de não ter feito todos os cálculos sobre o futuro da sua candidatura, o ex-primeiro suplente não preparou de forma coletiva no PT, ou mesmo na sua corrente, a CNB, um substituto que contasse com o amplo apoio dos seus companheiro.
Na verdade, há tempos Monteiro optou pelo auto-isolamento fechando-se em si mesmo e tratando questões de natureza política como se fossem assunto de ordem pessoal. De uma hora para outra passou a desconfiar de tudo e de todos.
Agora cabe a José Antônio Heluy a responsabilidade de representar o PT na chapa majoritária. A indicação do seu nome contou com a simpatia e o apoio de quadros importantes do PMDB é verdade, mas a escolha foi fundamentalmente petista e conta, inclusive, com a anuência do comando nacional do partido.
Enfim, não são poucos e muito menos fáceis os desafios políticos e partidários que o novo primeiro suplente do PT,  José Antônio Heluy, terá pela frente.
Vai precisar de muito apoio entre os petistas.

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