Enquanto a
tão sonhada cassação não vem, a oposição parece estar cada vez mais
perdida. Sem contracheque e sem discurso, seus principais representantes
estão vivendo da exploração maliciosa de factóides, na tentativa
desesperada de desestabilizar o governo. Já especularam sobre quase
tudo: a eleição da Câmara, o decreto de emergência, o carnaval, as
licitações, a instalação da Suzano e, mais recentemente, as
reivindicações dos professores municipais.
Até um ditado popular - dito pela prefeita em um contexto específico e
sem nenhuma conotação negativa - virou motivo de discussão acirrada em
blogs e numa rádio local. No entanto, apesar da barulheira habitual, os
caciques oposicionistas e suas caixinhas de ressonância no parlamento
até agora não marcaram um único ponto no jogo. Ao contrário, só deram
com os burros n’água. Vejamos alguns exemplos.
Depois da eleição da Câmara, acusaram injustamente a prefeita de
ingratidão em relação a seu maior aliado. E mais: ensaiaram uma
aproximação com o “dono dos votos”, jogando todas as fichas num eventual
rompimento entre os dois. Não foi isso que ocorreu. Isaías e seu grupo,
ao que parece, estão muito bem acomodados no governo. Seus parentes e
amigos comandam três das maiores secretarias – saúde, administração e
educação. E tentam se capitalizar politicamente com vistas à eleição
para deputado estadual. Se vão conseguir, só o tempo dirá.
Disseram também que o carnaval não deveria acontecer porque a prefeitura
havia decretado estado de emergência. E o que aconteceu? O carnaval foi
realizado com sucesso e sem nenhum incidente grave. Queixaram-se ainda
de que Belezinha não discutia com os vereadores, nem com a oposição. Os
fatos, porém, dizem o contrário: numa articulação conduzida pelo
secretário de obras, Aluísio Santos, Ducilene conseguiu trazer para seu
grupo um vereador e um advogado, ampliando sua base de apoio. Outros
certamente ainda estão por vir.
As licitações foram outro ponto explorado pela oposição. Toda a gritaria
se deu em cima de uma simples projeção de gastos com vassouras, que - é
bom dizer aqui – não foram efetuados. Enquanto isso, o ex-chefe dos
canibais foi denunciado pelo MPF por desvio de recursos do FNDE. E
justamente por irregularidades nos processos licitatórios. Onde está a
diferença? Primeiro, no fato concreto; segundo, na transparência. Na
gestão de Magno, houve desvio de verbas. No governo atual, não. Outra
coisa: antes, nem se falava em licitações. Agora, todo mundo sabe o que é
pregão eletrônico.
O leitor pensa que acabou? Ainda não. Ultimamente a oposição está
exigindo que a prefeita pague abono para os profissionais da educação
quando o governo ainda não completou três meses de mandato e o benefício
se refere normalmente a exercícios anteriores; que reduza imediatamente
a carga horária dos professores sem que os técnicos estudem previamente
os impactos dessa medida na folha de pagamento; que a prefeitura pague o
salário dia 20 quando a lei diz que o pagamento pode ser feito até o
quinto dia útil de cada mês.
E qual foi a reação de Belezinha? Simples, senhores: foi até a sede do
sindicato e conversou cara a cara com os professores, num gesto
civilizado, de boa vontade e transparente. Nos governos anteriores, era
preciso recorrer à Justiça para poder falar com o mandachuva de
plantão. Há algo de extraordinário na atitude da prefeita? Em outros
lugares, é evidente que não. Mas aqui em Chapadinha só agora, depois de
12 anos, se viu isso. Só agora uma liderança municipal desceu do
pedestal para falar diretamente com uma categoria profissional. Só agora
uma gestora ouviu os educadores, em vez de contratar pseudojornalistas
para desqualificá-los.
Mas a mais esdrúxula acusação contra a prefeita foi a de que ela não
queria investir na geração de novos empregos, pois teria descartado a
instalação da Suzano na nossa província. No entanto, logo depois todo
mundo fica sabendo – inclusive por representantes da própria Suzano –
que a empresa está falida. Ora, bolas, o que pretendem com toda essa
encenação? Resposta: desgastar Belezinha e preparar o terreno para um
futuro golpe. O problema é que o teatrinho oposicionista não está
surtindo efeito. Quanto mais gritam, menos ouvidos encontram para
escutar aquilo que os fatos teimam em desmentir. Como disse antes, é
duro ser oposição.
Ivandro Coêlho, professor e jornalista.
Fonte: Blog Café Pequeno
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