Do blog Cafepequeno:
Chapadinha: um novo carnaval
Prefeita Dulcilene Belezinha e a filha, Carol Pontes, na abertura do Carnaval 2013 |
Já havia
falado aqui que o carnaval é uma festa popular importante. E que a
tentativa de impedir a folia - sob a alegação de que o município
decretara estado de emergência - tinha motivação política. Qual era a
intenção dos oposicionistas? Jogar o ônus de uma decisão polêmica como
essa no colo da prefeita. No final, eles seriam os primeiros a dizer:
“Foi ela que não quis”.
Público agita praça do Povo |
Felizmente Dulcilene Belezinha não caiu nessa. Resultado: o carnaval
está sendo indo muito bem. Basta ver a alegria estampada no rosto dos
foliões que frequentaram a Praça do Povo no primeiro dia do evento.
Poderia ser melhor? Claro que sim! Poderíamos ter, por exemplo, o
circuito de rua, com a participação de blocos organizados, tal como
ocorre em São Luís, no bairro da Madre Deus.
Bloco organizados fazem a festa |
Jovens lotam a Praça do Povo |
As loas devem ser divididas também como o secretário de Cultura, Herbet
Lago. Por ter vivenciado o drama dos artistas populares na pele (Lago é
escritor e poeta), ele teve a sensibilidade de convidar grupos e
artistas locais para participar da festa de momo. E o que é melhor: não
apenas como assessórios exóticos, mas como protagonistas de uma nova
cena cultural na cidade.
Herbet Lago e adjunta organizando a festa |
A atitude do secretário certamente vai ajudar a quebrar preconceitos e
forjar um gosto pelo que é produzido aqui. Espero que essa tendência se
aprofunde e se fortaleça ainda mais ao longo dos anos. Para isso, é
necessário que aconteça o I Fórum Municipal de Cultura - uma iniciativa
que já existe em várias cidades do interior e principalmente na capital
do Maranhão.
São ações como essa que irão demarcar uma nova fase na agenda cultural
do município, incluindo o carnaval. Torço para que isso dê certo e,
assim, a gente não retorne aos tempos da política do pão-e-circo, quando
a música que me vinha sempre na cabeça era uma canção de Luís Melodia:
“Carnaval, carnaval, eu fico triste quando chega o carnaval”.
Ivandro Coêlho, professor e jornalista.
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